Inseminação artificial em bovinos. Entenda o processo e suas vantagens

De todas as biotécnicas aplicadas para a reprodução animal, a inseminação artificial em bovinos é a mais antiga e, também, a que mais gera bons resultados. Ela consiste, basicamente, na introdução mecânica (isto é, não natural) do sêmen no trato genital da fêmea. O seu uso é essencial para o melhoramento genético e para o aumento da produtividade dos rebanhos.

Em princípio, o método foi utilizado para erradicar doenças infecciosas normalmente transmitidas pelo touro na hora da monta natural. Ao longo do tempo foi sendo aprimorado e tornou-se a melhor ferramenta para garantir um grande número de descendentes de um reprodutor com alto valor genético.

Vantagens da inseminação artificial?

O manejo reprodutivo de bovinos tem como principal meta gerar animais geneticamente superiores. Isso faz com que a eficiência produtiva dos rebanhos seja, também, superior.

  • melhoramento genético: o melhoramento do patrimônio genético se dá em menor tempo e por menor custo, por meio do uso de sêmen de reprodutores comprovadamente superiores na produção de carne e de leite;
  • controle de doenças: elimina a transmissão de doenças infecciosas (do macho para a fêmea e vice-versa), o que comumente acontece na monta natural. Nesse momento, o maior cuidado que o produtor deve ter é de adquirir o sêmen de uma empresa idônea;
  • cruzamento entre raças: a técnica permite que o pecuarista cruze diferentes raças que porventura não se adaptam ao clima e às condições ambientais de uma região, dificultando a monta natural;
  • prevenção de acidentes com a fêmea: quando a cobertura é feita com um touro muito pesado, a vaca pode sofrer acidentes;
  • prevenção de acidentes com os funcionários: a monta natural exige o manejo com animais, muitas vezes, agressivos. A inseminação artificial evita eventuais acidentes com a equipe;
  • uso de animais incapacitados para a monta: reprodutores consagrados que adquiriram problemas provenientes da idade avançada (como afecções nos cascos, aderência de pênis, fraturas, artroses etc.) podem ter seu sêmen utilizado na inseminação artificial;
  • aumento do número de descendentes de um touro: sabe-se que, em campo, um touro cobre 30 vacas por ano. Esse número vai a 100, quando o regime de monta é controlado. Se considerarmos o período reprodutivo de um touro como 4 anos, isso resulta em um total de 120 a 400 descendentes por animal. Com a inseminação artificial, o número é incrivelmente aumentado, podendo um touro ter mais de 100 mil descendentes;
  • maior controle zootécnico do rebanho: a inseminação artificial permite que o criador obtenha dados precisos sobre fecundação e partos, o que facilita a seleção dos melhores indivíduos do rebanho;
  • padronização do rebanho: se o pecuarista utilizar o sêmen de poucos reprodutores em um grande número de fêmeas, ele alcança a homogeneidade dos lotes;
  • uso de reprodutores após a morte: com técnicas de congelamento e estocagem de sêmen, o produtor consegue utilizar o material genético dos seus melhores touros após a sua morte;
  • redução da dificuldade nos partos: por meio do uso de animais com facilidade de parto (índice que quantifica a facilidade das filhas de um reprodutor no decorrer do seu próprio processo de parto), os problemas em novilhas são reduzidos.

Fonte: Nutrição e Saúde Animal

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